Última atualização 23/02/2020
Por Wladimir MatosEducador Musical
ORIGEM DO NOME
O nome violão¹, só é usado aqui no Brasil. Em todo mundo, inclusive nos demais países de língua portuguesa esse instrumento acústico com cordas de nylon é conhecido como guitarra clássica (ou guitarra espanhola). E ainda guitarra acústica para os instrumentos com cordas de aço.
Esse termo, violão, era comum em Portugal até o início do século XX. Surgiu, quando os portugueses conheceram a guitarra espanhola, que possuía a mesma semelhança de corpo que a sua tradicional viola. Entretanto, com dimensões maiores. Por essa razão, alcunharam-no de Violão, aumentativo de viola.
Esse apelido atravessou o Atlântico com os Portugueses, na época do Brasil Colônia, e aqui ficou. O nome guitarra só entrou no nosso vocabulário na década de 60, para diferenciar a invenção norte-americana: a Guitarra Elétrica.
Esse termo, violão, era comum em Portugal até o início do século XX. Surgiu, quando os portugueses conheceram a guitarra espanhola, que possuía a mesma semelhança de corpo que a sua tradicional viola. Entretanto, com dimensões maiores. Por essa razão, alcunharam-no de Violão, aumentativo de viola.
Esse apelido atravessou o Atlântico com os Portugueses, na época do Brasil Colônia, e aqui ficou. O nome guitarra só entrou no nosso vocabulário na década de 60, para diferenciar a invenção norte-americana: a Guitarra Elétrica.
BRASIL
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MUNDO
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GUITARRA
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VIOLÃO
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GUITARRA ELÉTRICA
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GUITARRA
CLÁSSICA
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ORIGEM DO INSTRUMENTO
Em se tratando da origem do violão existem muitas especulações e achismos. Os pesquisadores da área discordam entre si e não chegam há um consenso. Podemos afirmar que sua origem é remota. E sua linhagem está oculta na Cultura Pré-histórica. Por isso não temos registros escritos e sem ter a certeza sobre a sua concepção, todo conhecimento se baseia nas descobertas de utensílios, adornos, ossadas, vestimentas e vestígios de construções que vão trazendo à luz da razão, novidades sobre este assunto.
O que se sabe por enquanto, é que sua evolução acompanha a própria história das civilizações, que as suas transformações foram sendo feitas em funções das necessidades de seu uso, seja de caráter religioso, poético, ou para o entretenimento.
Segue uma provável linha evolutiva do violão:
20.000 à 15.000 a.C. - ARCO MUSICAL
Alguns estudiosos apontam como sendo o arco musical como primeiro instrumento de corda, que serviu de base para todos os outros instrumentos da família que o sucederam. Este é um instrumento musical formado por uma corda esticada entre as extremidades de um arco normalmente de madeira.
O arco musical é usado até hoje, em alguns lugares da África. Como podemos ver nessa figura ao lado. A cavidade da boca era usada como caixa de ressonância.
Segue uma provável linha evolutiva do violão:
20.000 à 15.000 a.C. - ARCO MUSICAL
Alguns estudiosos apontam como sendo o arco musical como primeiro instrumento de corda, que serviu de base para todos os outros instrumentos da família que o sucederam. Este é um instrumento musical formado por uma corda esticada entre as extremidades de um arco normalmente de madeira.
Músico Ibo tocando arco musica.
Disponível no site: Wikipédia - Música na Nigéria.
Acesso em: 17/10/2019
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O arco musical é usado até hoje, em alguns lugares da África. Como podemos ver nessa figura ao lado. A cavidade da boca era usada como caixa de ressonância.
Sítios arqueológicos² confirmam e apontam para o fato de que há aproximadamente 20 mil anos, as pessoas tinham desenvolvido armas de arremesso, como o arco e a flecha.
Logo, as suposições se afloram. Na verdade, não podemos precisar quem nasceu primeiro: Se o Arco Musical ou o Arco e flecha para caça e guerra. Mas, acredita-se que, talvez, ao amarrar a corda no arco, utilizando da boca para puxar o nó, essa ação, tenha produzido um som em sua cavidade bucal e deste fato, tenha despertado a criatividade de usá-lo como instrumento musical. Como o fazem até hoje.
Em algum momento, desse período, alguém teve a ideia de usar uma cabaça ao invés de utilizar a boca como caixa de ressonância. Nasce assim o xitende ou hungu entre outros tantos nomes dependendo da região. (Aqui no Brasil possui dezenas de denominações a mais comum é Berimbau)
Logo, as suposições se afloram. Na verdade, não podemos precisar quem nasceu primeiro: Se o Arco Musical ou o Arco e flecha para caça e guerra. Mas, acredita-se que, talvez, ao amarrar a corda no arco, utilizando da boca para puxar o nó, essa ação, tenha produzido um som em sua cavidade bucal e deste fato, tenha despertado a criatividade de usá-lo como instrumento musical. Como o fazem até hoje.
Em algum momento, desse período, alguém teve a ideia de usar uma cabaça ao invés de utilizar a boca como caixa de ressonância. Nasce assim o xitende ou hungu entre outros tantos nomes dependendo da região. (Aqui no Brasil possui dezenas de denominações a mais comum é Berimbau)
5.000 à 3.000 a.C. - EVOLUÇÕES
Kissar ou Kassar (avô
da Lira)
(3300 a 3000 a.C.)
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Harpa Egípcia Antiga
(5.000 a.C.)
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A guitarra romântico - 1790-1830.
É o ultimo estágio da evolução do violão que por volta de 1860 ganhou o formato ao qual o conhecemos hoje. Surgiu por volta de 1790 sendo uma evolução da guitarra barroca de 5 pares de cordas. A mudança foi apenas retirar os pares e inserir uma corda mais grave no bordão dando ao instrumento 6 cordas simples.
FONTE: http://www.oviolao.com.br/guitarraromantica.htm |
1859 D.C. - Nasce o Violão Moderno
Etiqueta de l'interior d'una guitarra d'Antonio de Torres - 1859 - Diponível no site: Wikimedia Commons Acesso em 16/10/2019. |
Antonio Torres⁵ nasceu em Alméria, Espanha, em 1817 e faleceu nesta mesma cidade em 1892. Carpinteiro e foi aprendiz do conceituado Luthier Juan Pernas. Dedicou toda sua vida à construção de violões, desiludido com a profissão que não lhe rendia muito economicamente, resolveu, quase no fim da vida estabelecer uma loja de cristais que manteve até o seu falecimento.
Seu Mérito. Uma das coisas mais importantes que Torres fez foi estabelecer o comprimento da corda em 650 milímetros, o que não mudou até hoje. O comprimento da corda ajudou a determinar outras coisas, como as proporções do corpo, a extensão do braço e as dimensões gerais do violão. Assim, outro fato importante estabelecido foi o desenho definitivo do violão, mais precisamente o formato e as dimensões da caixa acústica. Aperfeiçoou a forma de 8 combinando as faixas acinturadas com um bojo maior, aumentando também a altura das faixas, o que trouxe notável melhora na sonoridade do instrumento, tanto em volume, quanto em timbre, em comparação aos modelos mais antigos, de caixa acústica menor, faixas estreitas e cintura pouco pronunciada.
Museo de La Guitarra. Almeria Disponível em Wikimedia Commons Acesso em 16/10/2019. |
Um dos precursores do violão moderno no Brasil foi o fundador da revista “O Violão”, publicando-a em 1928, Joaquim Santos (1873-1935) mais conhecido como Quincas Laranjeira,
considerado o “Pai do violão moderno” que nos últimos anos de sua vida
dedicou-se a ensinar a tocar o violão pelo método de Tárrega (1852 - 1909).
Composição mias famosa de Quincas Laranjeira Dores d'Alma (Valsa)a)
Tarrega foi um importante violonista espanhol que revolucionou a composição para violão. Sua metodologia frisava o toque realizado pela mão direita no violão que deveria ser feita num ângulo de 90º, e com a parte "macia" do dedo,
ou seja, a unha não deveria ser utilizada. Tárrega justificava essa
metodologia afirmando que o toque do dedo "nu" causava uma sensação de
maior "controle emocional" e técnico da obra em execução. Sua mais famosa canção não é conhecida integralmente pela maioria
das pessoas, entretanto, todos já ouviram um pedaço. Trata-se da "Gran
Vals" (Grande Valsa) que é o toque padrão da empresa de telefonia
celular Nokia, ouça e identifique o trecho no vídeo abaixo.
Referências Bibliográficas
- Guitarra - 2019 - https://pt.wikipedia.org/wiki/Guitarra. Acesso em: 16/10/2019.
- KLEIN, Richard G.; EDGAR, Blake. O Despertar da Cultura, A polêmica teoria sobre a origem da criatividade humana: 1º ed. Rio de Janeiro:Jorge Zahar Editor, 2004.
- Bíblia Católica Online - 2019 - https://www.bibliacatolica.com.br/. Acesso em: 16/10/2019.
- ROSA, Carlos Augusto de Proença. História da ciência : da antiguidade ao renascimento científico: 2. ed. ─ Brasília : FUNAG, 2012.
- PHILLIPS, Marks; CHAPPELL, Jon. R. Violão para Leigos: 1. ed. Rio de Janeiro: Alta Books Editora, 2012.
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